sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Espectro

Espectro


Sabes o por quê
de meu sangue ser
Vermelho?
É porque nele corre muito orgulho
(De ferro)
E compostos ferrosos
Refletem luz
Em Rubra freqüência.


Juliano Berquó Camelo



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Minhas mãos

Minhas mãos


Minhas mãos estão vazias
mas não estão presas.
Comigo nenhuma arma
(Nenhuma certeza),
Mas há a força de milhões
como nos ônibus às seis da manhã.

Minhas mãos estão leves
mas estão sem
ilusão
É o silêncio lá fora:
Todas as armas
sem nenhuma paz.

Minhas mãos estão abertas
e estão fechadas
E o tempo não mais se aplica
a mim.



Juliano, 'SEMPRE EM FRENTE', Berquó Camelo;

"Dedicado ao homem só,
seja ele quem for,
esteja onde estiver..."
nº3

*Já estava no orkut,
Agora no blog também.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O Céu

O Céu


O céu
pode ir longe
mais ou menos
até o horizonte.

O céu
pode ser em paz
azul ou alaranjado
tanto faz.

O céu
pode não ter cor
como nas mais altas noites
ou nos dias de dor.

O céu ao sul me lembra demais.
O céu acima me deixa jamais.

O céu pode não ter sentido
O céu pode não dizer nada
O céu pode não ser o que eu digo
Mas das tuas barreiras o céu é o limite
O limite do céu
vai além do infinito.


Juliano Berquó Camelo


Um flashback à 2006,
Da época que eu estava
descaradamente influenciado
pela simplicidade desconcertante do livro
"As coisas", de Arnaldo Antunes.

* O poema pode não ter sentido,
O poema pode não dizer nada
(ou dizer muito pouco),
Mas das tuas barreiras o céu é o limite,
já o limite do poema
vai além do infinito.

Bom dia à todos.