quarta-feira, 26 de novembro de 2008

1 ano de blog!

Nesta noite de insônia (involuntária),
ouvindo "Poema de Sete Faces"
de Drummond na voz e melodia de Samuel Rosa,
venho postar algo, não sei o que,
pra lembrar/comemorar o aniversário de 1 ano
d' O verso lá no verso.

De um ano pra cá muitas coisas mudaram..
Obama foi eleito; o Íris, reeleito..
É.. nem tantas coisas mudaram.
Mas a mudança mais forte e indelével está em mim mesmo,
no meu espaço e no meu tempo,
e na impressão que eu roubo dos sóis poentes e quartos minguantes.
No fim das contas estas são as mudanças que contam.
Ao fim de tudo, só nos restará a nós mesmos, frágeis..
comovidos como o Diabo...

Parabéns a todos nós!

"A medida de amar é amar sem medida."
(Autoria indefinida, uns dizem Victor Hugo, outros Santo Agostinho.. eu fico com Santo Agostinho)

Boa noite.

Juliano Berquó Camelo

Pelo amor de Maíra.
Nada em mim me lembra o mundo.
26/11/08

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Quando..

Quando..

Quando me canso
Do ranço do mundo
Lá no fundo eu quero
Só você.

Quando te ver não é o momento
E o sentimento é demais
A paz em meu espírito
É tudo que eu posso ter.

Quando o escrever já for mecânico
Sem amor (sem razão)
Então rasgarei o véu
E o céu será pra sempre
Pra nós dois.


Juliano Berquó Camelo

Dedicado à Maíra.

Composto durante a leitura d' "A natureza do espaço",
de Milton Santos.
Sobre o ranço do mundo..

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Uma Flor




Uma flor



Como crescem os silêncios
Após anoitecer,
Cresce a cada dia
a vontade de lhe ver.

Como renova-se o verde
Após no inverno perecer,
Renova-se em mim a poesia:
Um jardim.

E para ela
Uma flor
Amarela por seus cabelos.


Juliano Berquó Camelo


Dedicado à Maíra.

"Renova-se em mim.."

Rosa dos ventos



??
!!!


Logo +

Boa noite,
espaço virtual infinito.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Poemas 2008 - Introdução

Uma página virada.
Para mim
o ano só começa depois de julho.

A idéia inicial do blog era pra ser composto por poemas cronológicos mas acabou se tornando difícil para mim a fixação espaço-temporal de cada um.
As palavras ganham novos sentidos em outros espaços-tempos,
vistas de outros ângulos.

Por isso 2008 entre
outros 2007
e escritos 2006...

Porém, ainda assim, é possível perceber capítulos no conteúdo,
e eu sinto que um novo capítulo está começando.

Há muito venho desfocado da minha poética perfeita (perfeccionista)
buscando novos caminhos que me salvem da métrica, da estrutura viciada...
buscando uma (nova) originalidade.

Me sinto cada vez mais no limite.
Absurdo.
Complexo,
palavras jogadas
idéias aparentemente desconexas.
Parecendo as 3 faixas que fecham o Gessinger, Licks & Maltz (1992).

Perdi a paz e a paciência,
a urgência que me levava pela mão.

"Há um tempo certo para tudo e para tudo uma razão", cantava Humberto no mesmo disco.

Aguardo em silêncio.



Boa noite





quarta-feira, 7 de maio de 2008

O amor

O amor


Isso
tão grande que eu sinto
Por certo é o medo
Inverso da loucura,
A sua contra-estrutura.

Isso que eu sinto
(Tão infinito)
Parece vir de um lugar
Onde não há procura,
Algum pólo magnético
da minha alma obscura.

Isso tão intenso,
Imenso manso servil,
Só pode ser e é muito estranho
Como cobre e estanho
fazem o bronze.

Como o sol
que sempre nasce,
O amanhã
de sempre em sempre...
É energia de fissão
flutuando
na multidimensão do tempo:
O amor.


Juliano Berquó Camelo


É energia de fissão:
Urânio, Césio,
Plutônio...
(... em plutão?)


Tenho a impressão
de que o cerne dos relacionamentos
(Pelo menos os meus relacionamentos,
que não são superficiais, com certeza.)
não depende muito da 2ª pessoa...
você não conheçe ninguém além de você mesmo,
seus próprios limites e vontades.
Esse poema é a descrição mais que perfeita
dessa constatação.

Globalização

Globalização

Regional
Nacional
Internacional

Região
Nação
Internação

Racional:
-Dê-me ração.









Juliano Berquó Camelo


sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Espectro

Espectro


Sabes o por quê
de meu sangue ser
Vermelho?
É porque nele corre muito orgulho
(De ferro)
E compostos ferrosos
Refletem luz
Em Rubra freqüência.


Juliano Berquó Camelo



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Minhas mãos

Minhas mãos


Minhas mãos estão vazias
mas não estão presas.
Comigo nenhuma arma
(Nenhuma certeza),
Mas há a força de milhões
como nos ônibus às seis da manhã.

Minhas mãos estão leves
mas estão sem
ilusão
É o silêncio lá fora:
Todas as armas
sem nenhuma paz.

Minhas mãos estão abertas
e estão fechadas
E o tempo não mais se aplica
a mim.



Juliano, 'SEMPRE EM FRENTE', Berquó Camelo;

"Dedicado ao homem só,
seja ele quem for,
esteja onde estiver..."
nº3

*Já estava no orkut,
Agora no blog também.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O Céu

O Céu


O céu
pode ir longe
mais ou menos
até o horizonte.

O céu
pode ser em paz
azul ou alaranjado
tanto faz.

O céu
pode não ter cor
como nas mais altas noites
ou nos dias de dor.

O céu ao sul me lembra demais.
O céu acima me deixa jamais.

O céu pode não ter sentido
O céu pode não dizer nada
O céu pode não ser o que eu digo
Mas das tuas barreiras o céu é o limite
O limite do céu
vai além do infinito.


Juliano Berquó Camelo


Um flashback à 2006,
Da época que eu estava
descaradamente influenciado
pela simplicidade desconcertante do livro
"As coisas", de Arnaldo Antunes.

* O poema pode não ter sentido,
O poema pode não dizer nada
(ou dizer muito pouco),
Mas das tuas barreiras o céu é o limite,
já o limite do poema
vai além do infinito.

Bom dia à todos.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O que deixei em Gyn

O que deixei em Gyn


Em Goiânia está meu passado
Quase mais pesado
do que sou capaz de agüentar.
Eu estou sempre mudando.
Atento, quase sempre;
Nunca mudo.
Em Brasília está meu presente físico
Em partes, em muitas faces.
Meu espírito se eleva, flutua e expande
(Mande-me notícias e beijos, meu amor.)

Minha mão direita eu deixei
Enterrada a margem do asfalto
de algum dos quilômetros da Avenida T-9;

Minha mão esquerda toca e acaricia a terra
E o rosto dela,
Apóia meu queixo agora;

A força de meus braços
À cada braço que se sustenta
Nos ônibus às seis da manhã;

O equilíbrio das pernas
(sempre foi pouco)
Eu deixo aos loucos
E aos que nada tem;

A angustiante busca por horizontes
Nas turvas águas do Rio Meia-Ponte;

No alto da Serrinha,
As minhas retinas;

E o meu coração
Pulsa
aqui dentro
Ainda que siga pela tangente
Os olhos dela nas esquinas.


Juliano Berquó Camelo


"Dedicado ao Homem só
seja ele quem for,
esteja onde estiver."
nº2

"Esse alheamento do que na vida é porosidade
vem de GOIÂNIA e suas noites brancas,
sem mulheres e sem horizontes."

(Adaptação de 'Confidência do Itabirano';
Carlos Drummond de Andrade;
Autor dos livros que me renderam multas
por atraso na entrega na biblioteca da Unb)

Hora da certeza

Hora da certeza


No meio da madrugada
(Noite lenta)
Eu mergulho na infinidade
Destas páginas
Em branco
Até a hora de dormir
E seguir a vida
No outro dia
Todos os dias
Da minha vida
(No meio da madrugada,
Noite branca)
Até a hora de morrer
E derreter essa dureza
Numa nuvem numa pedra numa flor
Num peixe contra a correnteza
(Na madrugada pelo meio,
sou inteiro)
Até a hora em que morre o sol
E passa um tempo incontável
Sem par poético
(Tempo ímpar)
Até mais hidrogênio vir a queimar
E ressuscitar como lâmpada
O reflexo do espelho-espaço
E o aço de tudo é a irrazão
Até a hora da certeza.


Juliano Berquó Camelo


Faço uso da dedicatória
do disco "Várias Variáveis",
Engenheiros do Hawaii:

"Dedicado ao homem só,
seja ele quem for,
esteja onde estiver."

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

'O pôr do sol' II

‘O Pôr do sol’ II


O sol vai embora de Goiânia
triste
Por essas manhãs cinzas
(Sozinhas)
E deixa a sós,
às manchas de sangue
no horizonte celeste,
As pessoas.

O sol vai embora
mas volta sempre
Por esperança
Como o crescer da criança,
O a cada dia permanecer.

O sol vai
voltar
E ainda vai
Chover
E vai
Só vai...

Me leva contigo pra bem longe daqui.
Me leva pra onde eu reaprenda a sorrir.
Me leva por favor mas, se não puder
Por acaso; por arcar com as conseqüências,
Vá e me deixe apenas
A metáfora concreta da dor.



Juliano Berquó Camelo



Comentem o I e em seguida o II, por favor.

Eu bem me lembro que a última estrofe
me veio na mente enquanto eu estava na ilha
da avenida T-9, na altura do colégio WR,
voltando pra casa não me lembro de onde.
Algum dia de maio de 2007.
O sol tava forte no horizonte,
bem alaranjado já...
umas 18:30,
hora do rush...
Cheguei em casa
e escrevi rapidamente,
antes que eu me esquecesse.

Obrigado
E boa noite.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

‘O Pôr do sol’ I

‘O Pôr do sol’ I


A verdade é luz
cega
A justiça é
falha
E você sabe,
A esperança é a droga mais cara
E, amigo
A dor traz a sabedoria
mas nunca o abrigo.
Se a gente não procurar
Se a gente não se encontrar
Em qualquer espelho que seja
E veja o que restou
(O que não sobrou)
A verdade virá sem piedade
E o mundo continuará a massacrar
O pôr do sol.


Juliano Berquó Camelo


Representante fiel
do espírito dos trabalhos
de 2007...
Menos preocupação com a forma,
um novo foco de atuação...

Posto sem me preocupar
com a interpretação divergente,
O sentido original está comigo
e contigo (talvez)
nesse labirinto absurdo!!!

Frases feitas

Frases Feitas


Todo mundo é mudo
Todo mundo muda
Boca a boca à bessa
A engrenagem é toda peça
O espaço se prepara
O tempo não pára
O amor vem
A morte também vai
A felicidade está
nas palmas das mãos,
na platéia,
em Plutão.
Todo sim tem um não
O conjunto não está contido
A solução não nos pertence
na nuca nunca é sempre
Todo mundo tem um coração
ou dois, se tiver sorte
O norte vai dar no sul
(o oeste vai dar no leste)
e vice-versa
O verso lá no verso é o avesso
A Bahia é maior que a França
A zona Franca é em Manaus
No Amazonas há mais água
Na Amazônia há mais mata
Mate é no sul
Marte é no céu
O suor seca o suor
sobra o sal.


Juliano Berquó Camelo


Sobre o ilogicismo
presente nas frases
(tentativa de se dar razão às atitudes medíocres de cada um)
ditas todos os dias
nas esquinas (nos shoppings, escolas, universidades,
Jornais, casas, casais, Tv's & MTV's, viadutos, igrejas, pais, amigos,
instituições políticas, orkut, blogs etc.)
do País.

Criado a partir de frases óbvias
e versos de outras poesias e canções minhas.


"Se o que eu digo não faz sentido
Não faz sentido ficar ouvindo.
Mas o que eu digo não é mentira,
Não faz sentido ficar mentindo..."
Humberto Gessinger

(Citado sempre
que necessário.)

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

De volta de gyn

Voltando a postar!
Tava já cansado de postar no blog,
mas como diz o slogan de uma extinta empresa petrolífera (?!!):

"Se você não é o maior, tem que ser o melhor."

Recuperei as forças
e penso em logo trabalhar de maneira mais concreta na divulgação do blog.

Abração a todo mundo (A maioria meus amigos.Poucos mas bons amigos) que já visitou o blog menos visto do espaço virtual infinito!!!


"O Que não foi impresso continua sendo escrito a mão"
Humberto Gessinger

Obrigado e
Volte sempre

Onde Estou

Onde Estou


Eu estou aqui
Escondido
Em algum canto
do espaço virtual infinito.
Quem sabe eu seja só mais um vírus...
E o que eu digo seja só
o que eu digo,
nada somando.

Você está aí
na minha idéia,
devido à estrutura do código
E não ao conteúdo da mensagem.
A sua viagem não é a minha.
É minha a via virgem.
A virgem
Não é minha.

O abstrato é concreto
a partir da concepção desse como idéia.
Entende a força e a matéria?
A força quebrada
com um propósito
A matéria
anti-ausente.

Eu estou aqui
E para sempre estarei
Pois nada mais apaga
Da minha mente
Da minha memória
Da linha histórica
A própria essência
da existência.
(A existência)

Eu estou aqui.
Mas logo irei dormir
E deixarei o existir
Pelo breve sopro
de sonhar.

E a velocidade dos astros
(quase imóveis)
no planisfério estelar
nunca irá nos negar
sua contemplação.
Não em nosso tempo;
em nosso tamanho
e imperfeição.


Vós estareis
e sereis
Stars!

(Eu estou aqui e
por ti
sempre estarei.)

Juliano Berquó Camelo

(A liberdade de interpretação,
a plurisignificação...
O sentido original
está comigo,
e contigo,
nesse labirinto absurdo.)

Tá aí,

pro Diego e pra quem mais que tenha gostado.

Uma estrela

Uma estrela


Os muros não dividem o mundo
Pois existe o ar.
O mar existe para que os rios possam
Se encontrar.
A gente existe
Pra fazer o que der na telha:
Uma estrela.


Juliano Berquó Camelo

De volta à vida virtual

Feliz ano novo