terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Depois do Poema

Depois do poema


Que depois do poema venha
Um sono de efeito.
Que tenha um sonho,
Um sonho perfeito
(Contigo, talvez).
Um sonho e só
Na noite em solidão.
!Um sonho são
Que depois do poema venha!


Juliano Berquó Camelo
Poucos segundos após a concepção
de "Pra ser verdade"
Alguma madrugada do verão de 2006/7.



Boa noite,
Que depois do poema venha mesmo
um sonho são e perfeito,
um sono de efeito...

Pra ser verdade

Pra ser verdade


Sentidos para serem sentidos
(Versos que serão repetidos)
?O que nos interessa?
?O que ainda nos resta?
Sonhos a serem realizados.
Noites de sono passadas em claro,
...é claro que não...

Pra ser verdade
não basta ser bom,
tem que ser bom demais
pra ser verdade.

Sentidos a serem seguidos:
!Placas, padrões, partidos!
?Em que ainda há sentido?
(Os versos serão abolidos)
Sonhos a serem sonhados e só.
Lábios e laços do mesmo lado,
...lado a lado ou não...

Pra ser verdade
não basta ser bom,
tem que ser bom demais
pra ser verdade,

na sua versão de verdade.
Na sua aversão.

(Os versos ainda virão)




Juliano Berquó Camelo


Pra ser verdade:

O medo que niguém mais sente
ou,
a coragem que ninguém quer ter
????????????????????

Poemas - 2007 - Introdução

O principal norte da minha arte é a base filosófica...
O sentimento e idéia a se passar
é muito mais importante que qualquer outra coisa.
Por isso durante o 2º semestre de 2006 eu comecei com o concretismo
e evoluindo muito rapidamente no processo de composição,
cheguei a 2007 já com maior densidade nos poemas
e letras de música.

É tão fácil jogar a responsabilidade das suas escolhas em Deus (ou o que seja)
e livrar-se do peso na consciência
(Nada contra aos verdadeiros cristãos, que considero serem pouquíssimos);
É tão fácil não confiar em ninguém
e também
não merecer confiança;
e é fácil dizer que não há pessoa com valor no mundo,
se o seu mundo é seu próprio umbigo,
ou se seu mundo é seu próprio espelho
(espelho quebrado).

Encare a ilusão da sua ótica.

Se você não se identifica,
dê a volta e cale-se para sempre.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Livro Livre

(Poema 'LIVRE de peso'- Sem menção à Homepages ou, a outros projetos de mesmo nome.)





Free book



A book is just a book.

A bird flying.

A book is a free book
when it is free of weight,
of sound:
it is silence.

It is the face burn in fire.
It is truth in the morning
(desire).

A love kiss
is
A love kiss.

Yes, it is.

And the last word
is the end
when it finishes,
thus.


Poema, imagem e tradução:
Juliano Berquó Camelo
*'Livro Livre' já é 2007

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Poemas-2006 (cont.)

A composição vai muito além da estrutura.
A estruturação dos versos,das rimas,das aliterações,enfim;
são apenas suporte ao conteúdo filosófico.
Não nego as pretensões
mesmo na aparente ausência
ou na própria ausência
porém, com determinada intencionalidade.

'Para tudo uma razão (ou não)'

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Per capita

Per capita


Uma bala por cabeça
Uma cabeça por corpo
Um corpo por solidão
Uma solidão por quarto
Um quarto por mundo
Um mundo por cabeça
Uma cabeça por corpo
Dois corpos por casal
Um casal por cama
Uma cama por quarto
Um quarto por mundo
Um mundo por janela
Uma janela por boca
Uma boca por bala
Uma bala por cabeça


Juliano Berquó Camelo

(E ae Fabiano?!)

domingo, 25 de novembro de 2007

Poemas de 2006-Introdução

Pois bem,
segunda postagem do blog,
vou tentar esclarecer mais alguma coisa...

Foi em 2006(2º semestre,mais precisamente) que eu me aceitei poeta.
Desarmei os punhos cerrados contra ao que é tido como cultura exclusiva, e fui descobrindo como é maravilhoso o universo das palavras, em todas as formas,
passando também a trabalhar em pesquisa e métodos para o meu desenvolvimento enquanto poeta.
O que levou a conclusão (por sentir na pele) de que O ACESSO A CULTURA E EDUCAÇÃO DE QUALIDADE são realmente(Obviamente!claramente!) essenciais ao desenvolvimento de um INDIVÍDUO.
E que se a cultura é exclusiva, é por negação e apropriação das partes mais favorecidas e acomodadas da SOCIEDADE.

Comecei com a descontrução das idéias até a sua última essência,
encontrando-me então com o cerne de questões filosóficas sobre a !prostituída! deformação e/ou ausência dos valores morais na dita pós-modernidade,
Caracterizando vários trabalhos concretistas,embriões do que hoje vem a ser uma poesia mais densa e tendente ao popular/clássico , mas sem muitas pretensões glorificantes.

Todo mundo é pós-moderno, mas eu ainda não entendo esse medo de ficar pra trás;
de não ser sempre mais; de nunca mais poder.

Apresentação

Bem-vindos todos,
Este é meu Blog feito com o intuito de divulgação do meu material artístico-literário, discussões (ou devaneios) sobre idéias filosóficas,política e anti-política, Reacionário e Anarquista,
Contra-corrente da contra-corrente!!!

Pra dar início às postagens, um poema (Neo-concreto,filosofia profunda?!)
Que traz em si o signo do nome do Blog('O verso lá no verso')





O Infinito

O verso
lá no verso
É o avesso

O infinito
É infinito
Até o fim

E o sol vai nascer
E o sol vai morrer
Tudo não tem fim